Cães que ajudam em investigações criminais

30-05-2010 14:11

 

 

Os cães entraram na actividade militar e policial para missões de patrulhamento e para procurar rasto de pessoas desaparecidas.

Têm evoluido e aprendido inúmeras formas de rentabilizar o seu apurado faro, desempenhando já um papel fundamental na investigação criminal, descobrindo pormenores que escapamà capacidade humana e até à mais sofisticada ciência forense.

 

 

"Os cães têm a capacidade para detectar odores muito reduzidos, que por vezes não se conseguem trabalhar em laboratório", explicou ao DN o capitão Costa Pinto, comandante da Companhia Cinotécnica da GNR.

"Vamos estreitar relações com os serviços judiciais, informando-os que podem solicitar o apoio dos nossos cães para investigação criminal. Assim, evita-se ter de recorrer a equipas cinotécnicas inglesas, que são civis e cobram pelos serviços prestados", revelou.

 

" A policia já requisita com alguma regularidade os nossos binómios para detecção de cadáveres", disse o mesmo responsável . Como o caso Maddie: a PJ necessitava de detectar locais onde tinha estado o corpo da criança desaparecida em Lagos mas, na altura, ainda não havia cães para essa função. Foram então requesitados cães ingleses e aproveitada a presença da equipa para colaborarem numa acção de formação. Agora já existem 4 cães exclusivos para a detecção de cadáveres e outros vestígios humanos. 

 

"Ruka"  da GNR fareja e detecta gravações falsas em CD e DVD.

Este retriever do labrador inicialmente era usado na detecção de droga mas foi treinado e agora é utilizado em armazéns, feiras e contentores e detecta as falsificações sem que seja necessário abrir embalagens para descobrir os discos.

 

Os cães pisteiros têm uma formação de 20 semanas e os cães de buscas de 16.

No caso de um desaparecimento lança-se os cães pisteiros pois as pistas ainda estão frescas, sendo que decorridas 24h o odor começa a desaparecer e o trabalho é dificultado. Em seguida lançam-se os cães de busca para as grandes áreas, como um pastor alemão.  Para os escombros trabalha melhor um border collie ou um cocker spaniel, porque são mais pequenos e têm mais facilidade de entrar em espaços confinados e detectar vítimas.

 

Equipas K9 da PSP vão aprender a identificar armas pelo cheiro

A PSP está a "pensar em passar a formar cães para busca de armas", revelou ao DN o subintendente Fernando Pacheco, responsável pelo Grupo Operacional Cinotécnico, integrado na Unidade Especial da Polícia, em Belas, no concelho de Sintra. Adianta que será mais um meio para ajudar na detecção de armas em operações stop e buscas domiciliárias.

Actualmente, a PSP tem cães que detectam droga em aeroportos e buscas domiciliárias e explosivos ao qual foram ensinados a permanecer sentados ou deitados para não accionarem o explosivo; e outros treinados também para atacarem um suspeito, nos braços ou pernas para não provocarem ferimentos graves , somente a voz do tratador.

 

Mais uma vez o cão é o melhor amigo do homem até no combate ao crime.

 

                                                                   In, Diário de Noticias